
11 jan 2025
Nos últimos anos, a pauta da diversidade ganhou espaço nas empresas, que passaram a adotar medidas para criar equipes mais inclusivas. Entretanto, a verdadeira inclusão vai muito além de cumprir cotas ou associar o termo ESG à imagem corporativa. A construção de uma cultura organizacional inclusiva deve ser parte integrante da estratégia de negócios, especialmente quando pensamos na juventude, um segmento que traz consigo inovação, resiliência e vontade de transformar.
Promover a diversidade nas empresas é mais do que uma responsabilidade social, é uma estratégia de negócios que traz resultados concretos. Estudos, como o relatório “Delivering through diversity”, da McKinsey, demonstram que empresas com maior diversidade de gênero têm 21% mais lucro, enquanto aquelas com diversidade racial alcançam 35% a mais de rentabilidade. Isso se deve, em grande parte, à pluralidade de ideias e perspectivas que surgem em equipes diversas, contribuindo diretamente para a inovação e o crescimento.
Quando as empresas oferecem oportunidades reais para jovens de diferentes realidades, acabam construindo uma força de trabalho mais diversa, além de promover um ambiente de aprendizado mútuo. Esse intercâmbio de experiências é valioso tanto para os jovens quanto para os colaboradores mais experientes. Ao abraçar a diversidade, a empresa reforça sua cultura inclusiva, que vai além do discurso e se reflete em práticas cotidianas.
Para construir uma cultura organizacional inclusiva, priorize um recrutamento diverso que amplie as fontes e reduza vieses, ouça ativamente os colaboradores e crie um ambiente seguro com políticas de tolerância zero ao assédio. O processo de criação de uma cultura inclusiva também passa pela educação e conscientização.
É fundamental que líderes e colaboradores entendam a importância da diversidade não só como um valor social, mas como uma ferramenta de inovação e crescimento. A liderança desempenha um papel central nesse processo. Líderes inclusivos são aqueles que se dedicam a entender as diferentes realidades de seus colaboradores e que inspiram a equipe a seguir o mesmo caminho. Eles garantem que os jovens se sintam parte do time e valorizados por suas contribuições.
Por fim, criar uma cultura corporativa inclusiva não é apenas uma questão de responsabilidade social; é uma visão de futuro. Empresas que adotam a diversidade como parte de sua estratégia estão construindo um legado de equidade e inovação. E, ao investir na capacitação de jovens em vulnerabilidade social, essas empresas não estão apenas transformando vidas, mas também garantindo um futuro mais justo e próspero para todos.
*A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do INSTITUTO CONECTA.
Sobre o autor:
Daniel de Araujo é CEO da CRATEUSWEB, que desde 2017 atua na criação e desenvolvimento de oportunidades para a juventude, formado em Matemática pela Universidade UNOPAR, com Pós Graduação em Inteligência Artificial, Computação em Nuvem e Defesa Cibernética pela FACUMINAS e Mestrado em Transformação Digital pela FUNIBER. Possui mais de 20 anos de experiência na área de Tecnologia, com foco em desenvolvimento e implantação de projetos.